DESCULPEM-ME MEDOS, VOCÊS NÃO ME ASSUSTAM MAIS!
- Luís Fernando R. Marques
- 20 de mai. de 2017
- 3 min de leitura
Há certo tempo eu estava querendo escrever algo novamente. Apesar de não conseguir produzir nada, eu sabia que em algum momento a inspiração viria e, como diria meu amigo Serafim: wala-wala-wala - a mágica aconteceria! Rs. Enfim, depois de uns dias de descanso, pernas pro ar e muita meditação, finalmente um novo texto. Hoje vou escrever sobre uma das quatro grandes sombras presentes em nossas vidas e a que era mais presente em mim: o medo. Já tive medo de muitas coisas. Quando eu era pequeno em Elói Mendes, meu irmão conseguiu me fazer ter medo do ET de Varginha. Mais tarde vieram os pesadelos com os monstros do jogo Doom 3 até eu ter que parar de jogar. Por último, tive medo de espíritos. E esse era medo mesmo! Hoje dou risadas, mas até conseguir entender e lidar melhor com esse assunto eu passei muito aperto!

No entanto, apesar de esses serem medos muito marcantes, não é sobre essas coisas abstratas que quero tratar. O objetivo aqui é falar sobre medos que temos dentro de nós, que nos impedem e que nos fazem perder muitas oportunidades. Por mais que pareçam simples, esses medos trazem origens nem sempre tão claras e conhecê-las é essencial para a sua superação. Buscar essas origens é um exercício complexo de autoconhecimento e que as vezes necessita do apoio de pessoas especializadas, embora algumas vezes você consiga chegar a esse ponto sozinho. Vou dar dois exemplos para que fiquem mais claros os meus objetivos. No passado recente, eu tive a oportunidade de trabalhar um medo que me limitava muito: o medo do fracasso. Foi preciso a orientação de um Coach, o incrível Aragol, para que eu chegasse na fonte desse medo, que passava pelo medo de reprovação por outras pessoas e que tinha origem principalmente na minha baixa auto-estima e na minha enorme insegurança. Através de vários treinamentos com foco em desenvolvimento pessoal, de exercícios de auto-conhecimento e do processo de Life Coaching que fiz com meu amigo Júnior Miranda e do Coaching de Imagem Pessoal que fiz com a Coach Isabela Savassi (Amrishara), pude alterar comportamentos, atitudes e até mesmo a forma de me expressar, além de trabalhar a imagem que eu queria passar para os outros, melhorando muito nesse quesito e reduzindo essa insegurança ao mínimo possível. Eu digo que houve uma transformação em minha vida, não só externamente, mas principalmente internamente. Claro que esse é um trabalho constante para evitar que eu me acomode e volte a ser como era, prova disso é a continuidade desse blog, que foi fruto dessa evolução e é algo que eu antes nem cogitaria fazer. O segundo medo importante que vou dar como exemplo é uma superação recente, que consegui ao longo dessa última semana durante minha viagem de férias para realizar um curso de mergulho em Arraial do Cabo. Sempre tive certo pânico de ir para o alto mar, não por medo de afogar, mas por não conseguir ver o que estava ao meu redor ou abaixo de mim. Quando pensei em mergulhar achei que não fosse conseguir por tal motivo e acabaria desistindo. Para tentar chegar à origem desse medo, após algumas horas pensando e meditando a respeito, juntei a isso a angústia que eu sempre tive com ambientes escuros e algumas outras experiências que vivi e concluí que na verdade trata-se do medo do desconhecido, daquilo que não está sob meu controle. E fazendo uma retrospectiva em minha vida consegui ver várias vezes em que fui travado por isso, várias oportunidades que eu perdi de conhecer uma pessoa nova, de fazer viagens para lugares desconhecidos ou de realizar atividades as quais eu não dominava.

Beleza. Você já viu que eu evoluí alguma coisa nos últimos meses, mas qual meu objetivo ao te contar isso? Se você em algum momento se sentiu incomodado enquanto lia esse texto é porque você se deu conta que algo está te limitando. Está na hora de identificar seus medos, buscar suas origens e conseguir superá-los. Sabe para que? Lembra que falei do meu medo do alto mar, do desconhecido? Mergulhar foi uma das melhores coisas que eu já fiz na vida! Foi indescritível estar no fundo do mar, ter visto toda a vida que existe lá, peixes passando e parando ao meu lado curiosos com a minha presença ali, tartarugas, estrelas do mar, moreias e outros animais que eu não tenho nem ideia do que eram. E o fato de essa experiência ter sido tão fantástica me fez pensar: quantas coisas eu já perdi, deixei de viver por medo de estar em um território desconhecido (ou outro medo qualquer, que seja) e que poderiam ter sido tão boas assim ou até mesmo melhores? A única conclusão que consigo tirar disso tudo é que cautela nunca é demais, mas medo? Esse daí não me pega mais. E você, vai deixar que seus medos influenciem suas escolhas até quando?

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